Na tarde da última terça-feira (08/07) faleceu aos 83 anos Plínio de Arruda Sampaio, vítima de câncer. Sua vida foi um exemplo de coerência e dignidade. Plínio iniciou sua militância política aos 15 anos, na Juventude Universitária Católica, organização que agrupava setores progressistas da Igreja, elegendo-se deputado federal em 1962, pelo extinto Partido Democrata Cristão. Foi redator do programa de reforma agrária do governo João Goulart, e seu nome integrou a lista dos 100 primeiros brasileiros obrigados a sair do país pela Ditadura Militar após o golpe de 1964. No exílio, coordenou trabalhos de reforma agrária em diversos países. Com a reabertura política, retornou ao Brasil e ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores em 1980, onde teve destacado papel como deputado constituinte. Durante o primeiro mandato de Lula, quando já tinha mais de 70 anos, afastou-se do PT em razão dos rumos que o partido que ajudou a fundar havia tomado, e ingressa no recém-criado Partido Socialismo e Liberdade, rejeitando assim o conformismo político no qual caíram diversos de seus ex-companheiros. Militante ativo e combativo, nos encheu de orgulho quando aceitou a tarefa de concorrer à presidência da república em 2010 pelo jovem, aguerrido e rebelde PSOL. Bertold Brech dizia que aqueles que lutaram por um dia são bons; os que lutaram por um ano, são melhores; os que lutaram por muitos anos são muito bons; e aqueles que lutaram por toda a vida são imprescindíveis. Plínio foi imprescindível! Nossa fraterna solidariedade aos amigos, companheiros e familiares.
0 comentários:
Postar um comentário