sábado, 29 de janeiro de 2011

Psol apóia a carta aberta à População de Londrina sobre a saúde mental no município

Carta Aberta à População de Londrina sobre a saúde mental no município


Carta Aberta à População de Londrina

As entidades abaixo relacionados vem a público denunciar o descaso das autoridades da saúde do município de Londrina para com os usuários e familiares de pessoas com transtorno mental e, portanto, DENUNCIA:

1. O abandono dos dispositivos CAPS (centros de Atenção Psicossocial) pelas autoridades de saúde de Londrina. De acordo com portaria GM/224 de 1992 esses serviços surgiram como proposta de um redirecionamento na atenção e nos cuidados aos portadores de transtorno mental. A portaria GM/336 de 2002, implanta definitivamente os Centros de Atenção Psicossocial em todo território brasileiro como uma estratégia substitutiva à internação psiquiátrica segundo o modelo tradicional e ainda vigente. Para que isso ocorra é necessário os incentivos do governo federal e a responsabilidade e vontade política dos gestores em nível local.A missão principal dos CAPSs é oferecer atendimento humanizado tanto psiquiátrico como de reabilitação psicossocial de pacientes e familiares, com o objetivo de substituir o modelo segregador e excludente dos hospitais psiquiátricos. Hoje os três CAPS (III/P.S de saúde mental, AD e Infantil) vivem constantemente desabastecidos de alimentos, materiais para oficinas de terapia ocupacional, falta de: manutenção dos prédios, bebedouros, extintores, móveis. Mesmo em estado de sucateamento, atendem aproximadamente ao mês, respectivamente 650 pacientes domiciliados em Londrina e a emergência psiquiátrica cerca de 1900 atendimentos através da 17 regional ,englobando 22 municípios.

2. Ausência de uma política de valorização dos trabalhadores de saúde mental, expressa por precarização dos vínculos trabalhistas sem um plano de cargos carreiras e salários, ausência total de supervisão e capacitação continuada, baixa remuneração e descuido com questões de segurança dos profissionais. Tal descaso tem levado muitos trabalhadores experientes a pedirem demissão pelas precárias condições de trabalho.

3. Falta de incentivos e/ou investimentos das três esferas para implantação da rede substitutiva: leitos em hospitais Gerais , Ambulatórios de saúde mental, Centros de Convivência, CAPS II em todas as regiões da cidade, CAPSi para crianças e adolescentes usuários de álcool e outras drogas, residência terapêutica,equipes de saúde mental na atenção básica . Há mais de dez anos a cidade de Londrina vem aguardando a implantação dasresidências terapêuticas (alternativas de moradias para pessoas portadoras de transtorno mental grave, que não contam com suporte familiar e social). O ministério da saúde já fez o repasse de recursos diversas vezes. Mas a alegação da secretaria de saúde do município é que não há dinheiro para a contra partida municipal. Sabemos que Londrina tem uma das maiores arrecadações do estado, portanto essa é uma desculpa inaceitável. Municípios de menor porte como Maringá e Cascavel já inauguraram seus projetos de residência terapêutica com receitas bem menores. E vale lembrar que essas cidades começaram a implantar a rede substitutiva recentemente. Londrina foi pioneira na luta antimanicomial criou um dos primeiros CAPS do país. No passado, referência na área de saúde mental, nossa cidade é hoje um exemplo de onde a má gestão e o descaso do poder público podem nos levar.

4. Descontinuidade no programa de Redução de Danos para usuários de álcool e outras drogas, conforme política nacional/portaria 1028/GM de 2005 e portaria 1190/MS de 2009 que “tem como objetivo reduzir as conseqüências adversas decorrentes do consumo de drogas lícitas e ilícitas”. Hoje no município restou somente um profissional capacitado lotado no CAPS AD.

5. A ausência de investimentos na rede de saúde mental tem como conseqüência uso maior de recursos hospitalares, mortes nos hospitais psiquiátricos conveniados ao SUS, piora no atendimento aos usuários, rotatividade dos profissionais da saúde mental, cobrança de outros setores públicos (assistência social, educação, trabalho, justiça).

6. Descumprimento do município quanto à redução de leitos psiquiátricos na CPL e Vila Normanda para simultânea aplicação dos recursos na rede de cuidados substitutiva, conforme preconiza o SUS. Portanto, um evidente retrocesso e enfraquecimento da proposta de ampliação da rede de atenção em saúde mental. Enquanto se repassa milhões para os hospitais psiquiátricos os CAPSs carecem de investimentos para não fecharem as portas.


Portanto, diante do acima exposto as entidades cobram uma resposta das autoridades da saúde e conclama a população londrinense a nos apoiar nesta luta.

Cordialmente


Fórum Popular em Defesa da Saúde Pública de Londrina e Região
Associação Londrinense de Saúde Mental
Fórum Popular em Saúde do Paraná- FOPS
Centro de Direitos Humanos de Londrina
SOS- Serviço de Obras Sociais de Londrina
Rede de Mulheres Negras do Paraná
Central de Movimentos Populares
Sindicato dos Nutricionistas do Paraná - SINPAR
Sindprevs -Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde,Trabalho,Previdência e Ação Social do Estado do Paraná.
APP Sindicato
DCE UFPR
Centro Acadêmico de Psicologia – UFPR
APRA- Associação de Praças do Estado do Paraná
SindSaúde Paraná
Coletivo de Luta Antimanicomial do Paraná


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O Psol luta junto e apóia a criação da defensoria pública em Londrina!

ASSINE O ABAIXO ASSINADO: DEFENSORIA PÚBLICA JÁ!!!

O COMITÊ LONDRINENSE EM PROL DA DEFENSORIA PÚBLICA CONVOCA TODOS OS LONDRINENSES A APOIAR O ABAIXO ASSINADO E PARTICIPAR DAS MOBILIZAÇÕES!

Estamos na luta pela aprovação do projeto de Lei complementar nº 439/2010 que cria e estrutura efetivamente a Defensoria Publica no Paraná.

Somente com uma grande mobilização popular é que conseguiremos mais essa conquista que esperamos há 22 anos!

O QUE É DEFENSORIA PÚBLICA?

É garantir um advogado para quem não pode pagar. O governo tem o dever de garantir a todos o acesso à justiça, isso é um direito previsto na Constituição Federal do Brasil.

QUEM SÃO OS DEFENSORES PÚBLICOS?

São advogados contratados por concurso público que tem o dever de defender os interesses dos cidadãos, inclusive podem agir contra o governo sem serem punidos.

QUEM TEM O DIREITO?

Quem não pode pagar uma advogado particular. De acordo com a lei são as famílias com renda abaixo do limite do imposto de renda.

OS DEFENSORES PÚBLICOS PODEM ATUAR NAS ÁREAS DE SAÚDE, MORADIA, ASSISTÊNCIA SOCIAL, PREVIDÊNCIA, CRIMINAL, DENTRE OUTRAS.